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19 de junho de 2015

Transição Capilar

Olá minhas princesas, tudo bem? Falaremos novamente sobre cabeloooooos... Eis a Transição Capilar!


De volta às raízes




Nem sempre é fácil fazermos uma transição e assumirmos as nossas raízes. A transição capilar é um longo tratamento que tem função de banir os químicos de alisamento e relaxamentos, para assumir o cabelo natural afro, crespo ou cacheado.

As possíveis causas que nos levam a alisar ou relaxar o cabelo quimicamente, são o volume e a indefinição do cabelo, principalmente na raiz.
Quando isso acontece, muitas de nós sentem a vontade de alisar ou relaxar quimicamente, pensando que tendo o cabelo liso será mais fácil e mais barato de cuidar, seremos aceites, etc. Além disso, as pessoas acham que alisando ou relaxando os cabelos é a forma certa de reduzir o volume.

Quando decidimos alisar, o nosso cabelo sofre muitas agressões e pode quebrar, partir ou danificar... e como diz o ditado "o arrependimento chega tarde" e mais cedo ou tarde teremos a vontade de voltar as nossas raízes. 
Pode ser visto somente como um processo capilar, mas é muito mais do que isso, é assumirmos quem somos, e saber que seremos a diferença e que seremos notadas pelo simples facto de termos o cabelo crespo e cacheado. 

Esta transição não acontece em 1, 2 ou 3 meses, pode até demorar anos, independentemente da capacidade de crescimento do teu cabelo.

Há várias maneiras de transição.

Temos o big chop traduzido como o grande corte, nesta maneira de transição cortamos toda a parte lisa ou com químicos, deixando o cabelo bonito e curtinho.

E também temos um processo lento, para as meninas que não gostam do cabelo curtinho, vão criando o cabelo e a medida que este cresce vão fazendo mini chops para não perder o comprimento.

Agora deixo-vos alguns conselhos caso estejam a passar pela transição ou queiram arriscar:

     1º Amadureça bem a ideia e só decida passar pela transição se essa é realmente a sua vontade. Como é uma decisão bastante séria, você precisa querer mesmo excluir a química dos fios, para não desistir no meio do caminho. 

     2º Seja porque estará com duas texturas no cabelo, seja porque terá o cabelo super curtinho depois do big chop, não esqueça: você não precisa sofrer ! Invista em turbantes, penteados, etc. Use a sua imaginação e arrase na transição.

     3º HIDRATE muito os seus fios! Cabelos quimicamente tratados têm a sua estrutura modificada e acabam  passando por danos que demoram para ser reparados. Por isso faça hidratação pelo menos uma vez por semana e escolha shampoo, condicionador e finalizadores que reponham a umidade dos fios diariamente.

     4º Tenha paciência ! Seu cabelo pode demorar para definir, ter movimento e ficar hidratado, mas tudo bem. Não se desespere: cabelo cresce e logo essa fase vai acabar, o importante é não desistir.

     5º Lembre-se você não está sozinha, veja videos no YouTube e fale com pessoas que estejam a passar pela transição.


Beijos e fiquem bem, lindas!

14 de junho de 2015

Zona 5 ft Landrick - Segunda Mão




Se você ainda não viu este vídeo, aproveiteeeeeee porque não irá se arrepender, mas se já é só relaxar e terminar o seu domingo com boa música. 🎥🎶

Desvalorização da Beleza Africana 




A beleza negra por muito tempo não foi valorizada, tanto mulheres como homens eram descriminados devido ao seu tom racial. 
Voltando um bocado no tempo, havia uma separação de acordo a todos os padrões da vida em sociedade, incluindo assim a desvalorização de pessoas de raça negra. As mulheres individualmente, na sua maioria eram exploradas sexualmente, sendo assim tratadas abaixo de cão. Vistas como um mero símbolo sexual que nunca havia de ser reconhecido ou ter tanta relevância para a sociedade. 
Para que a população negra tenha referências positivas sobre sua história e queira a ela pertencer, o que é interpretado por determinados grupos sociais como “discriminação” significa, na realidade, afirmação a cultura negra, a atribuição de outro lugar social, a sua transformação em mais um espelho para humanidade (a sua redescoberta), e não seu fechamento em si numa auto-valorização egoísta e xenófoba das outras culturais.
Criar políticas públicas e ações sociais que levaram o reconhecimento positivo da negritude, retirando os negros do mundo da desqualificação e desconsideração social, transformando os silêncios em discursos e vozes passam a ocupar e a posicionar-se no espaço público, foi um trabalho necessário para que hoje em dia não nos deparemos com casos que marcaram o nosso passado. 
Deste modo a beleza africana passou a ser reconhecida e as mulheres por sua vez adoptaram os hábitos e costumes europeus, como o Cabelo liso, a maquiagem, as joias e outros extras que servem para uma avaliação exterior. Com o passar do tempo tivemos no concurso de misses uma miss negra que chegou a ganhar o "miss universo de 2012", orgulhando-nos assim das nossas raízes e ajudando na valorização da nossa negritude.
Hoje já vemos as negras nas páginas de beleza de várias redes sociais tendo uma aceitação e recepção incrível. Temos que ter em mente de que somos pessoas e somos uma raça como qualquer outra, antes de que querer alguma aceitação ou aprovação do mundo, nós mesmo devemos aceitar-nos!

12 de junho de 2015

Tem muito mais coisa entre o céu e o inferno (...)



Eu não TENHO ânimo para discutir sobre a vida. Odeio ter que ensinar humanização a quem não respeita mais a decência do outro. Meu corpo é meu corpo e minhas acções são minhas acções, o que estamos fazendo aqui se não errando? Então me deixe errar. Me deixe errar feio. Assim eu aprendo. E cresço. Mas se no meu primeiro erro você me deseja toda a desgraça do mundo, a hipocrisia é o que rege sua voz. Não estou defendendo o erro. Não tenho culpa de nascer com um coração que transborda sentimento. Não tenho culpa se eu sinto a dor do outro e minha alma chora quando alguém chora. Todo mundo merece o perdão e uma segunda chance. Bandido bom é bandido morto? Não! Bandido bom não existe, mas o que existe é a recuperação, é a mudança, é a renovação.
Para isso, temos que acreditar que é possível, temos que acreditar no outro. Ninguém nasce bandido, torna-se. Vão moldando-se aos pouquinhos, tijolos. E ninguém faz nada. Só quando não tem que os olhos enxergam a tragédia que um ser humano pode se tornar, quando o caso já não tem solução é que o dedo toma vida e se ergue contra o errante. Mas onde estava a mão dona deste dedo quando o errante precisou? Onde estava a mão irmã da mão dona deste dedo quando ele estava sozinho? Pois é. Julgar é fácil. Abrir a boca e desferir palavras de ódio então, nem se fala. Mas quando é hora de dar um ombro amigo, um abrigo, um apoio, aí a coisa complica. Ninguém quer ajudar um desconhecido, porque é perda de tempo, é fora de cogitação. Só dói quando é na pele. É o que falta no mundo; sentir a dor do próximo. Não basta dizer que tem amor no coração e humanidade. Tem  muito mais coisa entre o céu e o inferno do que apenas o julgamento, tem a evolução, o acolhimento, o amadurecimento, e, não menos importante, o amor. Por si mesmo e pelo outro.